Cirurgia de Glaucoma
O que é?
Glaucoma é uma doença ocular grave caracterizada pelo aumento da pressão intraocular que, por sua vez, pode provocar danos severos no nervo óptico (ligação entre os olhos e o cérebro) e levar à perda irreversível da visão. Existem vários tipos de glaucoma sendo o mais comum o Glaucoma Primário de ângulo Aberto (GPAA) e o principal fator de risco para seu desenvolvimento é a pressão intraocular elevada.
Fatores de risco para glaucoma
Ou seja, pessoas que têm alguma (s) das características abaixo têm maior chance de desenvolver a doença:
- Idade avançada (maior que 50 anos);
- Histórico familiar (pai, mãe, irmãos com doença de glaucoma);
- Raça (negros tem maior risco de desenvolver a doença);
- Diabetes / Hipertensão arterial sistêmica/ apneia noturna;
- Miopia alta (maior que 6 graus);
- Escavação aumentada do nervo óptico (avaliado através de exame de fundo de olho);
- Espessura fina da córnea (realizado teste específico chamado paquimetria);
- Histórico de trauma ocular;
- Pressão intraocular elevada;
Sinais e sintomas
O glaucoma na maioria dos casos é ASSINTOMÁTICO, isto é, não tem sintoma. Por isso a avaliação oftalmológica de rotina se faz necessária.
Mas existem outros tipos de glaucoma (como glaucoma de ângulo estreito, secundário a outras doenças, congênito…) que podem se apresentar com alguns sintomas. Dentre eles:
- Dor ocular,
- Vermelhidão (hiperemia),
- Embaçamento visual,
- Aumento da sensibilidade à luz (fotofobia),
- Lacrimejamento.
Tratamentos e Cirurgia
O tratamento de glaucoma é bastante individualizado, deve-se analisar caso a caso para definir a melhor estratégia e o melhor resultado para o paciente.
O principal objetivo do tratamento é controlar a pressão intraocular, que é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento e progressão da doença e o único no qual conseguimos intervir.
Entre as opções de tratamento, a mais comum é o uso de colírios hipotensores. Existem várias medicações e combinações que podem ser feitas para atingirmos o resultado mais eficiente possível.
Entretanto, atualmente temos diversas outras opções para controlar a pressão ocular, como a trabeculoplastia seletiva a laser que tem como vantagem o fato de não ter os efeitos colaterais semelhantes aos colírios e não precisar aplicar diariamente por longos períodos.
E até nos casos mais refratários ao tratamento clínico, ou seja, até os casos que não respondem bem aos colírios/laser, podemos optar pelo tratamento cirúrgico através da trabeculectomia ou implante valvular entre outras opções.
E mais recentemente, temos também à disposição as cirurgias micro invasivas que contam com as vantagens da segurança do procedimento e da rápida recuperação. Tais procedimentos vêm ganhando bastante popularidade entre os cirurgiões de glaucoma e claro, entre os pacientes também.
Prevenção
A melhor forma de prevenir o glaucoma é realizar exames oftalmológicos de rotina. Exames esses que não incluem apenas a medida do grau dos óculos e sim testes que avaliam a saúde dos olhos como um todo.
Dentre os exames que devem ser feitos numa consulta de rotina estão a medida da pressão ocular (tonometria) e o mapeamento de retina.
Devemos ficar sempre atentos aos fatores de risco e, a partir dos 40 anos, devemos nos preocupar com a rotina oftalmológica completa.
Hábitos saudáveis e boa alimentação também contribuem para um resultado mais favorável para os olhos.
Médica oftalmologista formada pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Sub especializações em glaucoma (clínico e cirúrgico) e plástica ocular.
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